sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Poema calado

Se de amor em amor
faço uma vida
de poema em poema
faço amor.

Não tem rima
nem métrica
tem dialética,
de ouvidos mudos
de palavras que não se vê.

E neste poema torto,
estamos virados ao avesso,
cortados ao meio,
falando sem dizer.
E nesta tortuosidade de sentidos
é que as virgulas se dobram,
que a curva termina
e depois...[prazer].

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